As redes sociais é um dos meios de comunicação mais eficaz e rápido para manter contato. Além de manter um relacionamento através de mensagens instantâneas e em qualquer lugar do mundo, você pode criar um perfil em uma das plataformas digitais (Instagram, Facebook, Twitter, Messenger) e compartilhar mais sobre o que você gosta, publicar fotos e adicionar amigos. Essas tecnologias que surgem são importantes, mas até que ponto são saudáveis?
Em contrapartida, entra outro assunto que precisa ser pautado: a saúde mental. Apesar das tecnologias, da evolução, ainda damos de frente nesse assunto. Principalmente entre adolescentes, quando mais da metade das doenças mentais começam aos 14 anos e nem sempre são detectadas. E as redes sociais são uma influencia grande para a saúde mental.
As redes sociais marcam presença na vida dos jovens, principalmente entre as pessoas de 14 aos 25 anos. O volume de publicação, de usuários ativos e do tempo gasto só cresce, gerando um excesso de preocupação e exposição da vida pessoal.
Uma das redes sociais mais usadas é o Instagram. Surgiu há cerca de 10 anos e já impactou milhares relações pessoais, dentro e fora da internet. Em 2018 alcançou a marca de 1 bilhão de usuários, e faixa etária que predomina a plataforma fica entre 18 e 24 anos (75% dos usuários). Apenas uma das redes sociais, das muitas que existem, já dominam as horas que os jovens têm, nesses dados percebemos o grau da influência.
Um artigo de opinião publicado na revista The Atlantic, afirma que o uso exagerado de internet e redes sociais pode ter relação com o crescimento da ansiedade e depressão, que de acordo com a ONU, incidem em 3,6% e 4,4% na população mundial, respectivamente.
Apesar das diversas redes sociais que os usurários possuem perfis, a plataforma que é mais conhecida como propícia causadora de problemas é o Instagram.
Além de ser possível compartilhar fotos a qualquer momento, iniciar lives (assim como no Facebook), enviar mensagens pelo próprio Instagram através do Direct, também é possível compartilhar os momentos no ato, através do story, que ficam disponíveis para visualizar em até 24 horas ou colocar os pequenos vídeos (até 15 segundos) como destaques, para acesso em qualquer momento.
Há usuários que acabam adquirindo, principalmente o story, como ferramenta de trabalho. Através de parcerias com marcas, eles fazem divulgações de produtos e serviços. Assim, eles ganham com as divulgações como também as marcas ganham com a visibilidade, além do lucro, considerando que grandes influencers são seguidos por milhões de pessoas.
Mas isso nem sempre é lucrativo para usuários que não estão ligado nesse meio de famosos. Levar uma vida perfeita, receber “mimos”, ganhar dinheiro através de testes de produtos para beleza, roupas completas e mais não é para qualquer usuário do Instagram. Assim como afeta a saúde de quem acompanha, por não levar a vida “perfeita”, os influencers que são ainda mais ativos nesse meio também sofrem pela falta de privacidade.
A necessidade de publicação em cada momento do dia, publicação a todo momento, compartilhar vídeos e fotos dos lugares que costumam, nem sempre é como vemos através das telas. Os perfis que fazem essas publicações precisam ter a consciência de que estão expondo momento para muitas pessoas, que nem sempre recebem de braços abertos. Nesse meio também acontece opiniões que machucam ou críticas.
Apesar de ainda ser um mal que precisamos resolver, é possível se prevenir para diminuir os impactos que as redes sociais causam.
Dicas para proteger a saúde das Redes Sociais
Algumas dicas podem ajudar a evitar esse efeito que as redes sociais causam.
- Limite o uso e onde usar
Não deixe que as redes sociais interrompam ou interfiram na comunicação pessoal. Procure conectar-se com as pessoas e aproveitar mais os momentos do dia a dia, desligue as notificações do celular. Evite pegar o celular ou o computador no quarto, quando estiver conversando com amigos e a família.
- Tenha períodos Detox
Isso não é novidade: procure ficar grandes momentos sem entrar nas redes sociais. Estudos mostram que ficar cinco dias a uma semana sem entrar no Facebook já ajuda a diminuir o nível de estresse e melhorar a satisfação com a própria vida. Se isso não for possível logo de cara, faça cortes mais divagares, como reduzir o tempo dez minutos por dia durante três semanas, reduzindo o sentimento de solidão e depressão.
- Preste atenção em como você faz e como se sente
Experimente o uso das plataformas em diferentes horários, dias e em tempos variados, observe os resultados após cada sessão. Pessoas que ficam nas redes sociais apenas pesquisando e consumindo informações, se sentem piores do que quem interage com publicando ou engajando com outras pessoas. Procure por, sempre que possível, interagir com outros usuários que você conhece.
- Seja consciente com o uso
Quando você decide acessar alguma plataforma, como Twitter ou o próprio Instagram, você faz com alguma finalidade ou apenas para matar tempo? Procure estabelecer mais sobre si mesmo do porquê estar usando aquela rede naquele momento e qual a necessidade.
- Faça uma limpa
Se você tiver uma lista grande de amigos acumulados, nesse caso, deixe apenas os conteúdos que te interessam, eliminando aqueles que são chatos e irritantes. Um estudo mostrou que que informações sobre a vida de amigos no Facebook afeta as pessoas mais negativamente do que outros conteúdos da rede.
- Não deixe que as redes sociais substituam a vida real
As redes sociais podem ser usadas de maneira limitada, sem que tomem da vida real. Quando usadas conscientemente, podem ser um bom acrescimento. Mas é necessário entender que as pessoas são mais importantes.
As redes sociais, em todo caso, não são apenas maléficas para os usuários. Se forem usadas de forma positiva, com certos limites impostos por cada um, são úteis para conectar pessoas a horas de distância, compartilhar bons momentos e interagir com amigos.
Fontes:
Revista Galileu
Bluevision
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