Ao montar uma empresa ou marca, além de todos os procedimentos burocráticos para o funcionamento, também chegamos na raiz da sua “aparência”: a gestão de imagem.
O processo de Branding é fundamental para a saúde da imagem corporativa e do Marketing. É nesse processo que nós definimos o comportamento da marca como um todo.
Mas, o que é Branding?
O branding é toda a gestão da marca. Desde o desenvolvimento do nome, identidade visual, comportamento, tom de voz para cada canal, atributos e até o conjunto de estratégias.
Cada etapa do processo de gestão é muito importante e é formada por pequenas partes que montam uma estrutura maior da marca. Estas partes coexistem para o funcionamento saudável da marca e, para que estes conjuntos funcionem perfeitamente, é necessário voltar ao início e entender a existência da marca em si. Quando estamos desenvolvendo o branding de uma marca que já existe, geralmente é a partir desse ponto que tomamos a frente.
E como é desenvolvida essa gestão?
Desenvolver a gestão de uma marca leva tempo e é feita por etapas. É importante que não atropelemos nenhum passo, por que cada detalhe é importante para definir qual o rumo da marca.
Pensar no propósito
- Por que a marca existe?
- Em que base de fundamentos ela foi fundada?
- O que a faz ser única?
Essas perguntas são importantes para traçar o propósito e definir quais objetivos são tangíveis à marca. Com um propósito, a missão, visão e valores ficam mais claros e a marca consegue pensar no que quer gerar para o seu público.
Manual da marca
Definir o conjunto de atitudes que sua marca deve seguir é importante, principalmente se uma equipe de stakeholders em um departamento de marketing vai ser responsável pela comunicação. O seu uso é importante para padronizar e evitar que a marca seja reproduzida em canais de comunicação e campanhas publicitárias com linguagens e expressões diferentes, causando confusão ao público.
O que pode ser incluído em um manual de marca:
- Como a sua marca vai falar em redes sociais e em campanhas publicitárias (tom de voz);
- Conjunto de fontes, paleta de cores, conceito do logotipo;
- Elementos proibidos, que possam assemelhar com a concorrência ou com alguma atitude que a marca não tem relação alguma;
- Manual de gestão de crises.
Manual de gestão de crises
Toda marca está sujeita a crises e nem sempre as crises são catastróficas, como tendemos a pensar ao ouvir a palavra. Crise é todo e qualquer ruído que ocorre na comunicação e interação entre marca e público, tornando desconfortável a convivência entre os dois.
O que devemos entender, de uma vez por todas é a necessidade de prever alguns acontecimentos e gerar um protocolo para aquelas ocasiões. A crise começa a ser gerida antes de acontecer e, se você se antecipa, consegue também evitar que algumas ocorram.
Um exemplo de gestão de crise potencial, foi o case da Magazine Luiza, como o #BugDaLu. De um erro em um aplicativo da empresa, a resposta da marca foi transformá-lo em campanha publicitária. Os compradores durante o “bug” receberam normalmente os produtos e a empresa evitou uma chuva de reclamações e processos.
O manual de crises pode conter protocolos para casos de reclamações em redes sociais, política de trocas e devoluções, relacionamento com clientes insatisfeitos e até para casos de fatalidades. É importante que tenha alguém à frente, representando a marca em crises mais graves, como por exemplo um representante de Relações Públicas, para responder a imprensa e não deixar que a situação se torne uma bola de neve.
Atributos da marca
Os atributos são os pontos em que a sua marca é fortalecida e inspiradora. É muito importante que a sua marca se aproxime do público através destes atributos, para que vínculos sejam estabelecidos. A partir desse momento, a sua marca passa a ser valorizada muito além dos seus produtos, se torna humanizada e passa a desenvolver mais o brand awareness, ou a consciência da marca.
Posicionamento
Após se tornar mais consciente, o público começa a requisitar que a marca se posicione e então existe a necessidade de fazê-lo. A sua marca apoia causas ambientais, causas animais, crianças carentes, pessoas em situação de rua, empoderamento feminino, LGBT ou alguma outra causa que beneficie a sociedade? Então é o momento de falar sobre isso através da sua marca.
Mas cuidado: o posicionamento deve ser coerente com o que a marca vive. Não adianta, por exemplo, apoiar a causa ambiental e o processo de produção de seu material ser extremamente agressivo ao meio ambiente. Fica a dica!
Com essas dicas, você leva a sua marca para além das expectativas.
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Por Gustavo Magalhães
Redator da Retina Web