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Por que ter um e-commerce?
Autor Retina Web
Data 7, outubro, 2019
Por que ter um e-commerce?

E-commerce, ou comércio eletrônico, refere-se às vendas pela internet que são realizadas por uma única empresa, seja um fabricante ou revendedor, através de uma plataforma virtual própria.

Você sabia que nem todas as vendas por internet são chamadas de e-commerce? Há a diferença entre e-commerce e marketplace.

Um e-commerce recebe esse nome quando não há um intermediador para o processo de venda entre o consumidor e a plataforma, e o valor de venda é convertido diretamente à plataforma da venda. A outra categoria é chamada de marketplace, e envolve parceria entre lojas de terceiros, plataforma e consumidor. Geralmente, a plataforma não tem responsabilidade direta sobre as vendas, mas possui responsabilidade sobre o sistema de cobrança que disponibiliza aos usuários.

Importante ressaltar que existem categorias diferentes de e-commerce que podemos explorar: E-commerce B2B x E-commerce B2C, E-commerce Atacadista x E-commerce Varejista e E-commerce de produtos físicos x E-commerce de produtos digitais

E-COMMERCE B2B X E-COMMERCE B2C

O e-commerce B2B, Business to Business, é utilizado por empresas cujos principais clientes são outras empresas. Em geral, ele dedica-se a vender maquinários ou matérias primas, embora também possa vender produtos acabados. Ele exige um sistema mais complexo devido o porte das transações realizadas pelo e-commerce.

O e-commerce B2C, Business to Client, é utilizado por empresas que vendem diretamente ao consumidor final. Não existem limites para os tipos de produtos que podem ser vendidos. Por exemplo: móveis, roupas, medicamentos, eletrônicos, alimentos, serviços.

E-COMMERCE ATACADISTA X E-COMMERCE VAREJISTA

O e-commerce atacadista trabalha com venda em grandes quantidades. A principal implicação desta categoria, como você pode imaginar, é na logística de entrega. Devido ao volume, é preciso contar com bons parceiros para o transporte.

O e-commerce varejista é mais comum. Ele não possui um grande estoque de produtos, pois ele trabalha com vendas em pequena quantidade.

E-COMMERCE DE PRODUTOS DIGITAIS X E-COMMERCE DE PRODUTOS FÍSICOS

O e-commerce de produtos digitais é aquele que vende ou aluga, essencialmente, conteúdo e informação. Estamos falando de filmes digitais, e-books, cursos à distância, softwares ou games, por exemplo.

Em comparação com o e-commerce de produtos físicos, essa categoria supera muitos problemas. Estoque e logística, por exemplo, são completamente eliminados do fluxo de trabalho. Não há limites para o quanto você pode vender e não existe “entrega”, no sentido formal.

Por que utilizar e-commerce? O consumidor escolhe o e-commerce, em detrimento de uma loja física porque os preços costumam ser mais atrativos ou por que a loja presta um atendimento de qualidade. Um e-commerce tem menos custos, por não pagar a locação de uma loja física, salário para muitos funcionários e comissão de vendedores.

Algumas estratégias podem ajudar um e-commerce a crescer, tornando-se um negócio de alto faturamento e muitas dessas estratégias são lições aprendidas justamente com as lojas virtuais mais consolidadas, ideias que deram certo e podem ser replicadas.

1. FAZER UMA SEGMENTAÇÃO DOS CLIENTES

Para um e-commerce que trabalha com diferentes tipos de produtos, a segmentação dos clientes é estratégia fundamental.

Essa segmentação será feita com base em informações cadastrais do perfil individual, por exemplo sexo ou idade, mas, também, com base em informações coletadas a partir da interação do usuário com a própria loja virtual.

Através da segmentação que um site como o Submarino pode enviar e-mail marketing personalizado, com ofertas diferenciadas para o usuário que demonstrou interesse em televisores, ou em brinquedos, ou em vinhos.

2. APOSTAR EM MARKETING DE CONTEÚDO

O marketing de conteúdo é outra estratégia de alto potencial para alavancar um e-commerce. Enquanto algumas pessoas podem achar que o conteúdo vai distrair usuários dos produtos, o que realmente acontece é o contrário.

3. AUMENTAR O TICKET MÉDIO

Outra estratégia típica do e-commerce é trazer, na página dos produtos, opções para o usuário comprar mais.

Em termos técnicos, chamamos de “aumentar o ticket médio”, ou seja, aumentar o valor médio que um cliente gasta por compra. Basicamente, essa estratégia funciona como a organização das vitrines ou prateleiras de uma loja real, tentando levar o consumidor a comprar por impulso.

4. FIDELIZAR OS CLIENTES

Enquanto essa estratégia é útil para levar o consumidor a comprar mais de forma imediata, existe uma estratégia para fazê-lo voltar mais vezes e efetuar novas compras.

Cupons de desconto e dos programas de fidelidade não são estratégias exclusivas do e-commerce, mas ficaram muito mais práticas através do ambiente digital.

Algumas lojas virtuais também apostam no envio de amostras grátis junto com o pedido do cliente. Assim, ele tem a oportunidade de conhecer mais produtos e pode decidir comprar a versão integral.

5. INOVAR NA CATEGORIZAÇÃO DOS PRODUTOS DENTRO DO SITE

Continuando, vamos a mais uma estratégia de e-commerce? Trata-se de criar categorias de produtos sazonais, como “Páscoa”, “Natal” ou “Dia das Mães”.

Essas categorias agrupam produtos diferentes, mas que possuem um tema ou utilidade em comum. Na maioria dos casos, o foco é em presentes.

Isso facilita muito a navegação do usuário, especialmente no caso de quem precisa comprar um item para certa ocasião, mas ainda não decidiu exatamente qual será.

Para tornar essa estratégia ainda mais efetiva, o e-commerce ainda divide os produtos dessas categorias por faixa de preço, como “até 100 reais” e “até 200 reais”.

Segundo dados da empresa de inteligência de mercado Compre&Confie sobre as compras feitas pela internet no Brasil no primeiro semestre de 2019 cerca de 19,7 milhões de consumidores fizeram ao menos uma compra virtual no período, alta de 36% em relação ao ano passado.

A chamada geração Y (pessoas entre 25 e 39 anos) foi responsável, sozinha, por 48% dos pedidos no período, e por 49% do faturamento. Em seguida vem a geração X (pessoas entre 40 e 60 anos), responsável por 30% dos pedidos, e a geração Z (pessoas com até 24 anos), que tem 16% dos pedidos — fatia que deve aumentar à medida que essa população se torna mais velha e com maior renda. Os que menos compram na internet são os “baby boomers”, pessoas com mais de 60 anos.

Na pesquisa divulgada pela Ebit/Nilsen pela 40ª edição do levantamento Webshoppers, mostra que o Brasil manteve a expectativa e voltou a registrar mais um semestre de crescimento no e-commerce.

De acordo com o estudo, o comércio eletrônico teve um crescimento de 12% em vendas online no primeiro semestre de 2019. No primeiro semestre de 2018, o crescimento também tinha sido de 12%. Nos últimos seis meses, esse crescimento representa um faturamento de R$ 26,4 bilhões. Já de acordo com o volume de pedidos, o primeiro semestre de 2019 registrou um crescimento de 20%, O dado atual representa R$ 65,2 milhões em volume de pedidos.

Para a análise da Ebit/Nielsen, esse incremento no número de pedidos não está sendo causado por uma recuperação da economia. O que tem ocorrido é uma migração e uma descoberta do canal online. Em outras palavras, os consumidores que já compravam, passaram a experimentar novas lojas, novas categorias e novos produtos. E há muitos consumidores novos entrando, o que faz acreditar na evolução do canal.

O e-commerce cresce muito por conta do que representa facilidade, praticidade e a comodidade de comprar do conforto da sua casa, comparando preços, produtos e ofertas. A tendência é que o e-commerce siga crescendo, pois muitas pessoas ainda estão conhecendo o universo digital e perdendo o medo de realizar compras nessas plataformas.

Fontes: Exame
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Por Juliana Pereira