Co-branding: Duas marcas pensam melhor que uma?

Os consumidores estão conhecendo as novas asas da publicidade, que são campanhas com estratégia de co-branding. Não está familiarizado com o termo? Nós vamos te explicar!

Co-branding é simplesmente a cooperação entre marcas. A estratégia segue um interesse em comum, sendo ela para uma campanha específica e pontual. O lançamento de uma linha de produtos em parceria é chamado de co-marketing.
A estratégia sempre caiu no gosto dos consumidores, pois estes sabem que quando surge a oportunidade de unir os esforços de duas marcas, o produto ou serviço acaba sendo, na maioria das vezes, de qualidade superior.

Veja alguns exemplos de cases que deram super certo

Coca-Cola

A coca cola é expert em co-branding com grandes marcas que já fazem tanto sucesso quanto ela. Entre os mais recentes cases da marca, está a campanha “Domino’s + Coca-cola: Stranger Things 3”, cuja ideia foi divulgar o lançamento da terceira temporada da série da Netflix em suas embalagens de coca cola lata 350ml e nas caixas de pizza da Domino’s, em um combo de 1 pizza média + 2 latas personalizadas de coca-cola + 1 sobremesa + 2 brindes relacionados a série. O combo era pedido somente no site da pizzaria e as latas foram vendidas exclusivamente pelos restaurantes da franquia na compra do combo.

Outro case de sucesso da marca foi a parceria com a Marvel, na divulgação do filme “Avengers: The Endgame”, onde a empresa fez latas de Coca-Cola com o rosto dos heróis do filme, além de distribuir nos lacres um pin colecionável.

Apple

No ano de 2006, a Apple realizou uma parceria com a empresa de calçados esportivos Nike, a ideia foi épica para a década: Um dispositivo para acoplar aos tênis de corrida e que conversava com o iPod do usuário.

Um case sem sucesso

É preciso tomar alguns cuidados para não obter o efeito contrário ao desejado com as parcerias. Um dos exemplos é o case Tele Sena e Restart. Confira o vídeo:

A Tele Sena é um título de capitalização e, segundo as regulamentações brasileiras, a sua venda é proibida para menores de 16 anos. O que fez a campanha não alcançar o seu sucesso, foi a segmentação de público onde a banda estaria inserida: jovens com menos de 16 anos de idade. Não bastasse sobre crianças não consumirem este tipo de produto, a peça não caiu ao gosto do público mais adulto, que outrora não se interessava pela temática mais infantilizada utilizada na campanha.

Mas afinal, o co-brandig vai dar sempre certo?

Você deve estar se perguntando se co-branding é para a sua marca e se a estratégia dá certo todas as vezes e a resposta é sim e não. A sua marca pode sim apostar num co-branding, mas isso não é garantia de que dê certo.

A melhor estratégia antes de tomar a decisão, é avaliar a situação como um todo. Aceitar uma parceria é um risco a se assumir por diversos fatores, e você deve ter isso em mente. Essa estratégia não tem como objetivo apenas criar awareness com o público e as marcas se expõem no processo. Por isso, é preciso pensar na reputação da sua marca e saber em quais ações participar, para que a sua marca não seja envolvida em situações negativas que possam prejudicar.

Se pergunte antes de realizar a parceria, se a identidade da ação é condizente com a política, identidade e se é pertinente a sua marca. Você pode acabar se deparando com resultados pouco relevantes para sua marca se não avaliar a real relevância da proposta.

Há também uma questão de uso da identidade de uma parceria. O uso vai depender do canal de comunicação utilizado. A marca nem sempre vai utilizar para si própria a identidade da ação fora dela. É recomendado que seja utilizada a identidade mais relevante da marca se o canal de comunicação é de uma das partes. Quando o canal é neutro, a recomendação é utilizar a identidade do co-branding, para reforçar a estratégia.

A melhor recomendação é investir em pesquisas para entender qual estratégia deve ser abordada pela sua empresa em uma campanha colaborativa!

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Por: Luiz Gustavo Magalhães – Redator da Retina Web