Consumidor 4.0: Quem é esse?

Estamos em uma nova era, onde tudo se conecta e todos os indivíduos estão conectados. A era digital já está concretizada e começam a surgir as suas transformações. A internet das coisas, Business Intelligence e Inteligência Artificial já são, então, realidades.

Mas não é só o meio digital que se transformou. Além dele, os consumidores passaram a estar mais próximos das marcas e mais próximos, também, de exigir novos objetivos destas.

Para entender esse consumidor, vamos entender o histórico de consumidores que vieram antes desse estágio de consumo:

Consumidor 1.0

Basicamente, é o consumidor puro, que estava interessado somente na finalidade da compra. Consumia, em sua maioria, pela necessidade e não por desejo de consumo. Como essa sensação ainda não estava estruturada como estratégia de mercado, não existia, também, a necessidade de saciar o desejo de comprar. As empresas vendiam nas regiões onde estavam instaladas e o público comprava diretamente, sem poder de comparação rápida entre lugares e experiências.

Poucas estratégias eram elaboradas para atingir este consumidor, pois não era o foco conhecer, compreender e definir cada segmentação e detalhar qual caminho para estimulá-lo.

Consumidor 2.0

Nesta era iniciou-se uma competitividade pela atenção de consumo.

Empresas começaram a perceber que seu consumidor passou a ter poder de escolha e precisavam dar início a um estágio de adaptação para cativar a preferência do público.

 Duas marcas venderem o mesmo produto fazia acontecer uma disputa de vantagens. Qual produto era melhor? Qual vantagem mais agradava? Quem teria a marca favorita? O que fazia a marca ser preferida?

Com essas perguntas, as marcas passaram a entender e utilizar novos canais de veiculação da sua publicidade para atração do púbico das marcas. A compra deixou de ser só uma necessidade e passou a ser uma fonte de informações sobre pessoas, modos e comportamento de consumo.

Consumidor 3.0

Aqui começou a era da segmentação de público. As marcas já sabiam a necessidade de atender demandas de clientes.

O mercado passou a exigir mais participação das empresas em seus meios, maior presença digital e alguns alinhamentos de conduta com o que o consumidor pensava. O Consumidor passou a querer estar inserido, com a sensação de pertencimento a uma comunidade.

Os consumidores também deixaram de apenas consumir e passaram a produzir conteúdo, tornando-se parte fundamental da marca, sugerindo, criticando e avaliando seus principais produtos e atendimento.

Atualmente ainda vemos um grande número de pessoas que pertencem a essa classificação, pois ainda há o processo de transição, de se tornar mais intimista das marcas.

Consumidor 4.0

O atual topo da escada é o consumidor 4.0, totalmente imerso no universo da marca e participante ativo da comunidade em torno das suas marcas preferidas. O que mais importa para esse público, é participar da experiência.

O principal diferencial, é que este consumidor está muito mais tempo conectado às tecnologias e por isso, passou a exigir que as marcas se comunicassem através de plataformas tecnológicas. A rede social se tornou um canal de relacionamento direto, sendo necessário que a marca disponha de um atendimento ágil e eficaz para que o consumidor deseje manter a linha de interação com a marca.

Pelo constante acesso aos meios digitais, o impacto de consumo transformou o mercado, fazendo com que as marcas segmentassem ainda mais as suas estratégias. Não basta mais ser a marca que atende de forma eficaz, é preciso descobrir com o que o público se envolve e transformar estas informações em conectores da marca.

Um exemplo: Uma marca de vestuário e moda, que produz materiais que não se intitulam ecológicos, passa a perceber que seu público prefere marcas mais conectadas à sustentabilidade e que possuam postura ecológica. O que a marca poderia fazer para que esse público se interessasse pelos seus produtos? O que ela também poderia fazer para combater a migração dos consumidores efetivos que estão passando a se preocupar com essas questões ambientais?

Dentro da realidade, é necessário que a empresa estude seu target, verifique a possibilidade de se adequar à situação, e então, se posicionar dentro da comunidade.

Para atender cada vez mais às demandas dos consumidores, aqui vão algumas dicas:

Trabalhe a experiência do usuário

Você já deve ter ouvido falar que não é só um produto, é uma experiência. E acredite, não é só um meme! As grandes marcas trabalham forte em oferecer uma experiência ao usuário que permite que ele interaja e se sinta decisor em alguns processos. Permita que ele se sinta especial e que seus serviços são personalizados para ele.

O usuário observa a atitude da marca. Mostre que você sabe ser genial

– Faça uma publicidade diferente, utilizando newsjacking ou outras estratégias;

– Use o storytelling a seu favor;

– Faça com que os valores entre público e marca estejam paralelos;

– Faça do seu atendimento menos mecanizado e aposte na personalização e ajustes à cada plataforma;

– Estude as personas do seu target. Saiba quem são, onde estão, o que fazem e o que querem.

– Seja uma marca próxima e trate o seu consumidor como parte fundamental do seu negócio.

– Mantenha a sua interação positiva com o público fora das redes sociais também. Aproveite para traçar a sua estratégia de CRM – Consumer Relationship Management, através de outras plataformas como os e-mail marketing, que ao contrário do que algumas pessoas dizem, ainda é um grande canal de nutrição de leads.

– Trabalhe o seu valor agregado. Tenha consciência do que o seu produto vai representar para quem o consome. Faça com que seu produto seja mais desejado não só pelas suas características físicas, pois apesar de ser interessantes, fica faltando a sensação que o produto pode proporcionar. As pessoas gostam do seu produto, do que o acompanha de forma intangível.

Seguindo esses conselhos compreender e atender esse novo mercado, você vai conseguir transformar sua marca em uma marca preferida, até para os consumidores mais exigentes!

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Fonte: Rock Content

Por: Gustavo Magalhães – Redator da Retina Web Design